Fui Bocage, o Rei das Broncas !

Nasci Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, em Setúbal no dia 15 de Setembro de 1765 e morri em Lisboa em 1805. Dizem que fui um dos maiores poetas portugueses e possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano.

Herdei o Barbosa por parte do pai e o Hedois du Bocage do avô materno.Apesar das numerosas biografias publicadas após a minha morte, boa parte da minha vida permanece um mistério. Fui um homem moderno, pois acreditei sempre mais no sexo do que no amor.

Por causa das minhas broncas e da minha vida boémia estive engavetado no Limoeiro, no cárcel da Inquisição, no Real Hospício das Necessidades e até no Convento dos Beniditinos. Foi aí que Frei José Veloso me conseguiu pôr a viver de forma mais decente e recatada.

Morri de aneurisma numa rua do Bairro Alto.Também é lá do alto, que me puz a olhar para este Portugal e para o Mundo de hoje, e resolvi escrever neste blog umas novas broncas.

Nos meus tempos fui perseguido pela Inquisição e pelo Pina Manique, depois veio o Salazar com os seus esbirros da Pide, agora os governos de turno tentam impedir as criticas com perseguições modernas, com as Finanças a perseguir pelo IRS, escutas telefónicas, perseguições nas carreira e etc., etc., mas como eu já estou morto...o pior é para aqueles que ainda estão vivos !

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Os homossexuais e a sua interpretação de casamento

A interpretação heterosexual do casamento

Define a Wikipédia: «Casamento ou matrimónio é o vínculo estabelecido entre duas pessoas mediante o reconhecimento governamental, religioso ou social e que pressupõe uma relação interpessoal de intimidade, cuja representação arquetípica são as relações sexuais. As pessoas casam-se por várias razões, mas normalmente o fazem para dar visibilidade à sua relação afectiva, para buscar estabilidade económica e social, para formar família, procriar e educar sua prole e legitimar o relacionamento sexual.

O casamento é frequentemente iniciado pela celebração de uma boda, que pode ser oficiada por um ministro religioso (padre, rabino, pastor etc.), ou por um oficial do registro civil

Os homossexuais e a sua interpretação do casamento

Partem da interpretação que o casamento é um contrato, como comprar uma casa ou um automóvel, e que só «nas sacristias da Sé de Braga é definido como ligação entre homem e mulher»,(isto disse-o o advogado defensor do casamento entre duas "lésbicas") e pretendem basear as suas razões no 13º artigo da Constituição portuguesa, que diz o seguinte:

Artigo 13.º(Princípio da igualdade)

1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.

2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

Orientação sexual - É relativa, porque permite ser maricas ou lésbica ( gay é palavra inglesa ), sem ser discriminado de nenhuma forma, mas por exemplo não permite ser pedófilo ou pedófila ! E para interpretar este artigo como relacionado com o matrimónio, é realmente preciso ter muita imaginação ! Mas esquecem o artigo 36º da mesma Consituição que diz o seguinte:

Artigo 36.º(Família, casamento e filiação)

1. Todos têm o direito de constituir família e de contrair casamento em condições de plena igualdade.

2. A lei regula os requisitos e os efeitos do casamento e da sua dissolução, por morte ou divórcio, independentemente da forma de celebração.

3. Os cônjuges têm iguais direitos e deveres quanto à capacidade civil e política e à manutenção e educação dos filhos.

4. Os filhos nascidos fora do casamento não podem, por esse motivo, ser objecto de qualquer discriminação e a lei ou as repartições oficiais não podem usar designações discriminatórias relativas à filiação.

5. Os pais têm o direito e o dever de educação e manutenção dos filhos.

6. Os filhos não podem ser separados dos pais, salvo quando estes não cumpram os seus deveres fundamentais para com eles e sempre mediante decisão judicial.

7. A adopção é regulada e protegida nos termos da lei, a qual deve estabelecer formas céleres para a respectiva tramitação.

Parece que não é necessário ser muito inteligente, para ver que neste artigo, o casamento se refere claramente a pessoas de sexo diferente. Também é fácil de ver que aos legisladores de 1976, não lhes passou pela cabeça, que 31 anos depois de elaborada a Constituição, houvesse homens que quizessem casar com homens, e mulheres que quizessem casar com mulheres !

E para terminar, o casamento entre seres do mesmo sexo, nem sequer é ECOLÒGICO, pois a principal missão de todos os seres vivos é a reproduçao do ADN, e isso nos humanos, só é possível com seres de sexo oposto !

E não me digam que a homosexualidade pode ser um processo evolutivo desenvolvido pela natureza, para evitar os excessos de população, porque isso então já não passa de uma idiotice, sem qualquer base cientifica, só para justificar uma das muitas "aberrações" sexuais, que Egas Moniz tão bem descreveu nos seus dois livros " A vida Sexual" fisiologia e a "Vida Sexual" patologia !

No entanto se os "homossexuais" querem fazer contratos das suas ligações, que nada os impeça de os fazer, e sigam a sua vida sem que ninguém tenha o direito de os "chatear". Mas não chamem a esses contratos CASAMENTO.

1 comentário:

  1. Li o seu post sobre o desaparecimento da criança no Algarve(Maddie), pois andava a fazer algumas pesquisas na net, gostei e achei que devia ler outros igualmente polémicos e naturalmente interessantes.

    Porém e apesar de igualmente bem escrito, possui um carácter de intolerância bastante forte o que me choca imenso como pessoa humana que sou.

    Não tenho conhecimento de ter algum familiar ou mesmo amigo próximo com esta característica (homossexualidade), embora ao longo da vida (como acontece com qualquer um de nós, me tenha já cruzado com "N" de pessoas assim.
    E não foi, de todo, isso que me fez sentir ou ser menos humana.

    Aliás quase todos eles me pareceram pessoas mais sensíveis e respeitadoras dos direitos humanos que a grande maioria de todos nós, (ditos heterossexuais), que por nos enquadrarmos na grande maioria nos julgamos superiores, tendo em conta que a união faz a força, e é triste ver como isso faz de alguns de nós em relação às minoriasw(sejam lá elas quais forem) uns arrogantes.

    A Intolerância é o príncipio de todos os males e de todas as guerras.

    Quanto ao casamento ser um contrato (para essas pessoas), discordo plenamente, pois se para a grande maioria dos demais é uma celebração do Amor, porque é que para "eles", tem de ser diferente.

    Bem sei que em certos pontos deste planeta ainda existem casamentos por conveniência, por interesses diversos e por questões muito enraízadas ligadas à cultura de cada povo, qustões essas que somos nós seres humanos que inventámos e que contiuamos a inventar todos os dias(infelizmete), somos nós que criamos as nossas próprias amarras durante qu depois duram vidas e vidas até nos apercebermos que estávamos completamente loucos quando as criámos e aí demoramos outras vidas e vidas até que nos consigamos libertar delas(amarras).
    Tempo perdido e que só é recuperado, nos termos em que nos ensina que erramos, que a nossa grande verdae hoje poderá ser uma grande inverdade amanhã.
    Só é pena que depois de nos libertarmos dessas, arranjemos logo outras para nos castigarmos novamente.
    Arranjamos razões que a própria razão desconhece.
    A chamada Anti-Natura.Aquilo que a natureza cria por si mesma e sobre a qual não temos poder como desejávamos e que queremos à força dominar, é nessas ocasiões que erramos fortemente.
    O ser homossexual é tão natural como a própria natureza e à partida não deveria incomodar ninguém, assim como ser heterossexual também não.´
    Quem sabe não será uma forma da natureza controlaro número de nascimentos, nós não temos de ser todos iguais uns serão apenas pais outros tios, outros irmãos,filhos e netos. Não somos máquinas reprodutivas deve-se decidir aquilo que queremos fazer de forma a proporcionar a melhor vida possível a nós próprios e em simultâneo a quem nos rodeia, volto a afirmar que o casamento deveria ser apenas a celebração do amor entre as pessoas envolvidas, tão simples como isso, A partir daí se querem alargar a família ou não(tendo filhos, adoptando crianças, etc), isso já não será uma obrigação do casamento em si, mas sim uma decisão livre de cada um.
    A maior parte desses casamentos-contrato, acabaram há muito (felizmente), embora só depois de terem causado muito sofrimento a todos os envolvidos.
    Mais uma vez se vem provar que nem tudo aquilo que está na Constituíção está correcto, pois as Leis são criadas pelo Homem e o homem é um ser muito imperfeito.

    Por isso o Sr., outros como o Sr., e no fundo todos nós sigamos esta máxima, corrigir só o que traz Tristeza, Terror e Maldade não o resto.
    O resto e nunca nos maltratou nunca nos irá maltratar.

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