Aos dezessete anos ingressou na Academia Militar da Venezuela, onde se graduou em Ciências e Artes Militares, ramo de Engenharia em 1975. Progrediu na carreira militar, tendo atingido o posto de Tenente-Coronel. Como todo o típico sul-americano, já foi casado 3 vezes e tem 4 filhos.
No dia 4 de Fevereiro de 1992 o então tenente-coronel Hugo Chávez, comandando cerca de 300 efectivos, protagonizou um golpe de estado contra o presidente Carlos Andrés Pérez da Acción Democrática.
O golpe surgia num período de crise económica, marcado pela inflação e desemprego, contra as medidas económicas neoliberais adoptadas por Peréz - que seguia o receituário tradicional do FMI - e como consequência das violentas manifestações populares que há tempo vinham ocorrendo e que culminaram no "Caracaço", uma revolta espontânea que sacudiu Caracas em 27/02/1989.
Chavez foi detido e como consequência passou dois anos na cadeia. Foi libertado após o afastamento de Pérez, graças a uma amnistia do novo presidente Rafael Caldera, abandonando a vida militar para se dedicar à política. Em 1997 fundou o Movimento V República.
Nas eleições para a presidência da República celebradas a 6 de Dezembro de 1998 Chávez consagrou-se como vencedor com 56% dos votos, num clima político marcado pela corrupção e pelo descrédito em relação aos dois grandes partidos da democracia venezuelana que tinham governado o país nos últimos quarenta anos, o democrata-cristão COPEI e o partido de centro esquerda Acción Democrática.
Assume a Presidência para um mandato de cinco anos. Logo que tomou posse, em 2 de Fevereiro de 1999, assinou um decreto para que um referendo popular fosse realizado para convocar uma Assembleia Constituinte, cujo objectivo era dotar o país de uma nova Constituição.
Em 25/4/1999, mais de 80% dos venezuelanos se manifestaram favoráveis à criação de uma nova Assembleia Constituinte, no referendo popular.
Comentário - Bolívar referência de Hugo Chávez ? Comparar Hugo Chávez com Simon Bolívar é demasiado surrealista ! Hugo Chávez é o típico "cholito" - que sem querer fazer comparações elitistas - chega ao poder em momentos económicos díficeis, depois de ter ganho popularidade num golpe militar.
Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar Palacios y Blanco, que nasceu em Caracas em 24 de Julho de 1783, e morreu em 1830 era uma aristocrata de origem basca..Em Janeiro de 1797 ingressou como cadete no Batalhão de Milícias de Blancos de los Valles de Aragua (do qual o seu pai tinha sido Coronel), onde se destacou pelo seu desempenho.
Em 1799 viajou para a Espanha com o propósito de aprofundar os seus estudos. Em Madrid ampliou os seus conhecimentos de História, Literatura, Matemática e aprendeu a Língua Francesa. Na capital espanhola casou-se com María Teresa Rodríguez del Toro y Alaysa em 1802, mas, de regresso à Venezuela , María veio a falecer de febra amarela em 1803.
Bolívar voltou à Europa em 1804, passando de novo pela Espanha antes de fixar residência em Paris. Na França participou da vida cultural e científica, travando amizade com os naturalistas e exploradores Alexander Von Humbolt e Aimé Bonpland. Reencontrou o seu tutor Símon Rodríguez, com quem viajou até à Itália em Abril de 1805.
No dia 14 de Agosto de 1805, no Monte Sacro em Roma, Simón Bolívar proclamou diante de Simón Rodríguez e do seu amigo Francisco Rodríguez del Toro que não descansaria enquanto não libertasse toda a América do domínio espanhol (Juramento do Monte Sacro). O local tinha grande valor simbólico uma vez que havia sido palco do protesto dos Plebeus contra os aristocratas na Roma Antiga. Ainda na Itália escalou o Vesúvio na companhia de Humboldt e do físico Gay-Lussac. De regresso a Paris ingressou na Maçonaria.
Em Janeiro de 1807 foi para Charleston nos Estados Unidos da América, vindo a visitar diversas cidades naquele país, como Washington DC. Filadélfia, Boston e Nova Yorque. Bolívar quando estava em Madrid jogava ténis com a rainha de Espanha !
Como se vê, de forma resumida, Bolívar era um aristocrata e um intelectual de grande calibre. Teve um sonho, libertar as colónias espanholas da sua tutela de Madrid e integrando-as, criar, na outra metade da América do Sul, um grande país com o Brasil, os Estados Unidos da América do Sul, mas de língua castelhana.
Não o conseguiu, e a América do sul é hoje constituída por 14 Países, 9 de língua castelhana, e 4 de línguas francesa, inglesa e holandesa.
Que Hugo Chávez « Acredita na integração da América Latina. Uma integração contra o domínio dos "gringos" ?» Se nem Bolívar com toda a sua influência, capacidade intelectual, boas intenções e lutas conseguiu formar Os Estados Unidos da América em Espanhol ! Acabou arruinado e morreu tuberculoso, solitário, num casebre em Santa Marta a primeira cidade da Colômbia.
Como que é hoje, em momentos bem mais difíceis, Hugo Chávez, o idealista "cholito" o vai conseguir ?
Contra os "gringos" ? Para se livrar deles, para começar, deixe de vender-lhes petróleo
Como disse o presidente do Brasil, respondendo a umas "piadas chavistas" de muito mau gosto, dizendo que que o Congresso brasileiro é "papagaio de pirata dos Estados Unidos":
"Chávez tem que cuidar da Venezuela, eu tenho que cuidar do Brasil, o presidente dos EUA, George Bush tem que cuidar dos Estados Unidos e assim por diante".
Segundo o Pravda.ru, desde 2005, Caracas gastou 3.400 milhões de dólares (2.600 milhões de euros) em armas da Rússia, incluindo 24 aviões de caça, 35 helicópteros militares, sistemas de defesa aérea e 100.000 metralhadores Kalashnikov. A razão da compra de todo este material é "resistir" a um possível bloqueio naval dos USA.
Chávez pensa também comprar à Rússia, “ submarinos da quarta geração Amur-950 e Amur-1650”, assim como “ modelos do projeto 636 que têm integrado um sistema lança-mísseis”. Os sistemas de mísseis russos Club-S, integrados em submarinos , não têm comparação no mundo ( diz o Pravda ). Foram desenvolvidas para destruir objetos submergidos em água, costeiros e de superfície aquática em condições da forte resistência radioelectrónica e de fogo.
Segundo o jornal russo Kommersant o ajuste comercial já está confirmado e o acordo será assinado durante a visita do presidente venezuelano Hugo Chávez à Rússia nas finais deste mês . De acordo com jornal que cita hoje suas fontes também anónimas, Caracas encomendou cinco submarinos diesel-eléctrico 636 e quatro de um novo modelo de submarino diesel-eléctrico Amur 677E que irá fornecido às Forças Armadas russas só este ano. O lote está avaliado em 1-2 biliões de dólares .
Pelo andar da carruagem, Chávez parece não estar a ter grande êxito na governação da sua Venezuela, gasta onde talvez não devesse gastar e apesar do lucro dos altos preços do petróleo, a sua popularidade baixa cada vez mais há medida que aumentam os seus processos ditatoriais, e mais ano menos ano, vai ter que fazer o mesmo que outros governantes da sua Venezuela, fugir e ir viver para San José da Costa Rica !
Em San José, numa esquina da praça central, há um café famoso, por ser o poiso de todos os governantes da América latina que por lá vegetam quando têm que fugir das suas terras !
Últimas "Chavices" - Hugo Chávez 'veta' oposição nos estádios da Copa América
Presidente da Venezuela comprou bilhetes para só dar aos seus apoiantes O arranque da Copa América, esta madrugada ( 26 de Junho), está a ser marcado por uma polémica provocada por Hugo Chávez, Presidente da Venezuela, anfitriã do torneio. Segundo jornais latino-americanos, o Governo de Chávez terá comprado grande parte dos bilhetes para a competição para evitar que membros da oposição estejam presentes nos estádios.
Chávez com Putin em Moscovo . "Juntos...pero no revueltos" !
«A visita do Presidente da Venezuela à Rússia fez reanimar muitos sentimentos já esquecidos na política e nas relações entre estadistas. Moscovo parece ter regressado aos velhos tempos da União Soviética, quando um Secretário-geral do Partido Comunista recebia um dirigente de Estado de um país de "orientação socialista".
Iúri Lujkov, Presidente da Câmara de Moscovo e, por mera coincidência, marido da mulher mais rica da Rússia, ultrapassou Chávez nas críticas ao "imperialismo norte-americano". Guennadi Ziuganov, secretário-geral do Partido Comunista da Rússia e produtor de mais um dos ramos do nacional-socialismo, estava radiante em poder mergulhar nos bons velhos tempos do socialismo desenvolvido.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, não convidou, desta vez, o seu homólogo para o Kremlin, pois, no início do de Julho, o senhor do Kremlin terá de se encontrar com George Bush e não convinha dar muita importância a este hóspede incómodo. Putin e Chávez jantaram na casa de campo do primeiro, nos arredores de Moscovo.
Mesmo assim, o dirigente venezuelano não conseguiu conter as emoções face a tanta hospitalidade: "Obrigado, Presidente. Obrigado, irmão. Na realidade, a visita começou de forma muito bonita. Obrigado pelo teu convite. Esta é já a quinta visita: como tudo mudou aqui!". É de assinalar que estas declarações foram feitas antes do jantar.
Só faltaram aqueles "célebres" ósculos do passado. Lembram-se?» (Condensado do blog de José Milhases)