Fui Bocage, o Rei das Broncas !

Nasci Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, em Setúbal no dia 15 de Setembro de 1765 e morri em Lisboa em 1805. Dizem que fui um dos maiores poetas portugueses e possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano.

Herdei o Barbosa por parte do pai e o Hedois du Bocage do avô materno.Apesar das numerosas biografias publicadas após a minha morte, boa parte da minha vida permanece um mistério. Fui um homem moderno, pois acreditei sempre mais no sexo do que no amor.

Por causa das minhas broncas e da minha vida boémia estive engavetado no Limoeiro, no cárcel da Inquisição, no Real Hospício das Necessidades e até no Convento dos Beniditinos. Foi aí que Frei José Veloso me conseguiu pôr a viver de forma mais decente e recatada.

Morri de aneurisma numa rua do Bairro Alto.Também é lá do alto, que me puz a olhar para este Portugal e para o Mundo de hoje, e resolvi escrever neste blog umas novas broncas.

Nos meus tempos fui perseguido pela Inquisição e pelo Pina Manique, depois veio o Salazar com os seus esbirros da Pide, agora os governos de turno tentam impedir as criticas com perseguições modernas, com as Finanças a perseguir pelo IRS, escutas telefónicas, perseguições nas carreira e etc., etc., mas como eu já estou morto...o pior é para aqueles que ainda estão vivos !

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Antes escravos que felagas ( fellah )

Ante escravos que felagas ( fellah ) !

Tem sido notícia nos noticiários televisivos e nos jornais, os cerca de 90 trabalhadores, na maioria portugueses que foram apanhados a viver como escravos e a trabalhar em explorações agrícolas de Navarra. Os responsáveis pelo engajamento destes trabalhadores, eram na sua maioria também portugueses. Foram presos mas já andam à solta, tal vez à espera de Julgamento.

O impressionante do caso, é que os trabalhadores-escravos, não regressaram a Portugal, e ninguém sabe onde andam, ou antes sabem, mas não dizem.

Eça de Queiroz dizia na sua viagem ao Egipto, que tinha por lá encontrado uns seres humanos, que eram inferiores aos escravos, os felagas ( fellah). Conta Eça, que os os escravos ainda tinham valor comercial, e quando eram vergastados, era na sola dos pés para não se notar e não perderem o seu valor.

Quanto aos felagas, que o quediva mandava colocar sobre tijolos, pregar-lhe as orelhas na parede, e retirar os tijolos, se o pobre felaga não tinha com que pagar os impostos que o quediva reclamava. Os felagas valiam menos que os escravos !

Será que os portugueses que estão em Espanha e mais recentemente na Holanda, preferem ser lá escravos, que felagas em Portugal ?

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