Fui Bocage, o Rei das Broncas !

Nasci Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, em Setúbal no dia 15 de Setembro de 1765 e morri em Lisboa em 1805. Dizem que fui um dos maiores poetas portugueses e possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano.

Herdei o Barbosa por parte do pai e o Hedois du Bocage do avô materno.Apesar das numerosas biografias publicadas após a minha morte, boa parte da minha vida permanece um mistério. Fui um homem moderno, pois acreditei sempre mais no sexo do que no amor.

Por causa das minhas broncas e da minha vida boémia estive engavetado no Limoeiro, no cárcel da Inquisição, no Real Hospício das Necessidades e até no Convento dos Beniditinos. Foi aí que Frei José Veloso me conseguiu pôr a viver de forma mais decente e recatada.

Morri de aneurisma numa rua do Bairro Alto.Também é lá do alto, que me puz a olhar para este Portugal e para o Mundo de hoje, e resolvi escrever neste blog umas novas broncas.

Nos meus tempos fui perseguido pela Inquisição e pelo Pina Manique, depois veio o Salazar com os seus esbirros da Pide, agora os governos de turno tentam impedir as criticas com perseguições modernas, com as Finanças a perseguir pelo IRS, escutas telefónicas, perseguições nas carreira e etc., etc., mas como eu já estou morto...o pior é para aqueles que ainda estão vivos !

sábado, 30 de junho de 2007

Omar Khadr, uma jóia... de criança !

Guantánamo e Omar Khadr, uma jóia ...de criança ! (DN 30 de Junho)

Dizem, que Omar Khadr é um de sessenta menores que terão estado presos em Guantánamo. O seu caso é especial por envolver a morte de um oficial americano. Em Julho de 2002, durante operações de pacificação em zonas fronteiriças do Afeganistão, encontrava-se num bunker que se viu cercado por tropas americanas.

Exigida a rendição, foram enviados tradutores, logo assassinados pelos resistentes. Seguiram-se bombardeamentos e, por fim, a calma. Mas quando os americanos foram inspeccionar as ruínas, um combatente ferido saiu de trás de um muro e atirou uma granada, matando um sargento americano e ferindo outros três membros do pelotão. Era Omar Khadr.

Atingido com três tiros no peito e quase cego, como bom mártir fundamentalista desejoso de entrar no céu ,o adolescente pediu que o matassem. Em vez disso, os americanos levaram- no para uma base onde os médicos o trataram. Assim que recuperou dos seus ferimentos, começou a ser interrogado.

Embora essas restrições, contrárias à Convenção de Genebra ( ? ), estejam na linha do que é habitual em Guantánamo, no seu caso poderá haver razões extra, uma vez que Khadr provém de uma família fundamentalista. O seu pai emigrante usava uma série de organizações de caridade como fachada para angariar fundos para Ben Laden e educou os seus seis filhos como futuros mártires da jihad.

Omar, como os seus irmãos, recebeu treino militar ainda antes dos doze anos, quando a família inteira se mudou para o Afeganistão. Uma das acusações que o Governo americano lhe faz é essa, juntamente com as de assassinato, conspiração terrorista e ajuda ao inimigo. ( Na reprodução deste artigo retiraram-se alguns exageros, mais anti-americanos do que reprodutores da verdade histórica )

Comentário - Considerando o terrorismo fundamentalista islâmico, e outros terrorismos, superiores às suas forças, e mais por medo do que por idealismo ou tolerância política, uma boa parte dos "intelectuais" portugueses, entraram numa fase de "Pètainismo", lusitano, em que copiando o velho marechal francês, herói da primeira guerra mundial, preferem colaborar ou elogiar o inimigo do que lutar contra ele !

Realmente pondo o anti-americanismo de lado, há muito melhor gente no Mundo, onde estas "boas almas" tão preocupadas com o destino deste "bom ladrão", poderiam utilizar o seus tempo e os seus esforços de solidariedade.

Mas por outro lado, o "Pètainismo" lusitano tem dado os seus generosos frutos, e enquanto americanos, ingleses e até espanhóis têm tido milhares ou centenas de mortos e feridos militares e civis, Portugal não tem sofrido atentados civis e as nossas tropas circulam por esses teatros de guerra impávidas e serenas, protegidas pelo santo manto da nossa cínica "neutralidade" !

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