Fui Bocage, o Rei das Broncas !

Nasci Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, em Setúbal no dia 15 de Setembro de 1765 e morri em Lisboa em 1805. Dizem que fui um dos maiores poetas portugueses e possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano.

Herdei o Barbosa por parte do pai e o Hedois du Bocage do avô materno.Apesar das numerosas biografias publicadas após a minha morte, boa parte da minha vida permanece um mistério. Fui um homem moderno, pois acreditei sempre mais no sexo do que no amor.

Por causa das minhas broncas e da minha vida boémia estive engavetado no Limoeiro, no cárcel da Inquisição, no Real Hospício das Necessidades e até no Convento dos Beniditinos. Foi aí que Frei José Veloso me conseguiu pôr a viver de forma mais decente e recatada.

Morri de aneurisma numa rua do Bairro Alto.Também é lá do alto, que me puz a olhar para este Portugal e para o Mundo de hoje, e resolvi escrever neste blog umas novas broncas.

Nos meus tempos fui perseguido pela Inquisição e pelo Pina Manique, depois veio o Salazar com os seus esbirros da Pide, agora os governos de turno tentam impedir as criticas com perseguições modernas, com as Finanças a perseguir pelo IRS, escutas telefónicas, perseguições nas carreira e etc., etc., mas como eu já estou morto...o pior é para aqueles que ainda estão vivos !

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Sarkozy soma e segue, agora as Legislativas

Eleições legislativas em França - Vaga azul no horizonte !


345 deputados pelo UMP, 3 pelo MoDEM, 4 pelos Verdes, 210 pelos Socialistas e 15 pelos comunistas.

Desenha-se uma nova França ( do Le Figaro 11 de Junho)

«Foi uma França nova que começou ontem das urnas. Um país onde a geografia já não é o que era, onde a clivagem entre o Este e o Oeste segundo uma vertical quase perfeita : uma pequena França do Oeste quase por todo o lado dominada pela esquerda e uma vasta França do Este largamente pegada à direita. Fraccionada do Norte ao Sul, esta nova França é igualmente aquilo que nunca tinha sido , uma França bipolar.

Dominada por duas grandes forças políticas, o nosso país organiza-se daqui para a frente à volta de um poderoso partido de direita liberal e conservador, juntando várias famílias de pensamento, e de um grande partido de esquerda socialista e social-democrata onde se reúnem ( mais do que se unem ) várias correntes de pensamento.

Um país no qual os partidos pequenos estão reduzidos à sua mais simples expressão, os do segundo "rang" ( a Frente Nacional e o MoDEM ) assim como os do terceiro ( o Partido Comunista e a extrema esquerda ). A democracia não deverá forçosamente sofrer, mas a eficácia da acção política poderá seguramente ser reforçada.»

Comentários - A segunda volta das eleições legislativas francesas, trouxe resultados bastante diferentes dos da primeira volta. Uma boa quantidade de deputados a mais para o PS ! Parece náo restar dúvida que a novela Hollande-Royal, "Hollande-Royal, le couple terrible du PS", como dizem os franceses, em que Ségolène apareceu como a pobre mulher enganada pelo marido infiel, trouxe-lhe a compaixão dos eleitores e uma boa mão cheia de votos.

A vitória da direita em França, nas presidenciais e nas legislativas não trouxe alegrias aos neo-esquerdistas portugueses. Intencionalmente, passou quase despercebida nos "media" lusitanos ! Ao contrário de Saramago que chama estúpida à esquerda actual, os esquerdistas lusitanos acham que os franceses, depois de 12 anos de governação de direita de Chirac, voltarem a escolher Sarkozy e os seus programas de governo, não passam duns "atrasados mentais" e assobiam para o lado, fingindo que não deram por isso !

Eça de Queiroz dizia nos finais do século XIX que - Portugal era um país copiado da França...mas em calão - Modernamente continuamos a copiar, mas fora de tempo. Há muito que os franceses tinham posto os velhos socialismo e comunismo no "cesto dos papéis". Agora nestas recentes eleições, fizeram o mesmo com o neo-socialismo e neo-comunismo ! Mas Portugal quer copiar novamente a França, não em calão, mas naquilo que ela pensa que já não serve e pôs no "cesto dos papéis" !

Sarkozy, soma ...e segue - Socialistas criticam convites a Strauss-Kahn e a Jack Lang

Continuando a meter o Socialismo no cesto dos papéis, a política de Ouverture (Abertura) levada a cabo pelo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, continua a ganhar adeptos socialistas. Depois de Bernard Kouchner ocupar a pasta dos Negócios Estrangeiros e de Jean-Marie Bockel a da Gestão da Francofonia, foi a vez de Jack Lang abandonar o Partido Socialista Francês (PSF) por se sentir "pressionado".

Jack Lang, ministro da Cultura e da Educação durante os Governos de François Mitterrand nos anos oitenta, desobedeceu hoje às indicações da direcção do seu partido, afirmando à imprensa que "não aprecia em absoluto os métodos socialistas actuais [...] e menos ainda que o proíbam de participar na comissão parlamentar criada por Sarkozy para a reforma das instituições".

Aprendam portugueses !

Sem comentários:

Enviar um comentário