Uma respeitável antropóloga e professora da Universidade de Coimbra, viu novamente rejeitada pela Sr. Ministra da Cultura - E MUITO BEM - a sua tentativa de abrir o túmulo de D. Afonso Henriques, para estudar as ossadas do rei fundador. Perante a negativa da ministra e do IPPAR, diz a antropóloga em questão:
“A recusa invalida uma oportunidade única de fazer um projecto interdisciplinar, que extravasava o interesse da comunidade científica e em que o grande público estava interessado”. Não entendo bem a importância, mas enfim.
Embora haja vários comentários contra a decisão da ministra da "incultura" como dizem esses comentários - que talvez sejam familiares, alunos e amigos da antropóloga - onde é que a estimada doutora esperava chegar com esse pretenso exame ?
Há já mesmo alguns comentaristas, que tem a "lata" de dizer que analisando essas ossadas ia estimular nos mais jovens, o interesse pelo estudo da nossa História Pátria !
Para começar, e terem a certeza do que estavam a analisar, teriam que abrir os túmulos dos pais do D. Afonso ou dos seus descendentes ( D. Sancho I também tem aí o seu túmulo ) para que com as amostras de ADN, tivessem a segurança de que as ossadas eram mesmo de D. Afonso, e de que os padres do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra não tivessem feito troca alguma de ossadas, ao longo dos tempos, nas inúmeras obras que por lá efectuaram !
D. Sebastião e a sua mania de abrir os túmulos dos seus antepassados
Não sendo antropólogo, D.Sebastião "O Desejado", entre outras "taradices", também gostava de abrir túmulos. Durante uma viagem que fez pelas províncias, fugindo da peste de Lisboa, praticou as maiores extravagâncias. Mandava abrir os túmulos dos reis seus antepassados, extasiava-se diante dos que tinham sido guerreiros, mostrava o mais completo desdém pelos pacíficos, principiando a inspirar a todos os mais sérios receios esta sua índole destemperada e bravia que se curvava ao jugo dos jesuítas.
Ficou extasiado pelo tamanho das ossadas de D. Afonso III, e repreendeu severamente os restos de D. Pedro I no seu túmulo, que não foi aberto, pelas suas loucuras amorosas com Inês de Castro ! Os restos mortais de D. Sebastião foram sepultados no Mosteiro dos Jerónimos em 1582, com a presença de Filipe I de Portugal.
Um bom trabalho de antropologia, e de interesse para a História de Portugal, seria o de averiguar se as ossadas atribuídas a D. Sebastião, são mesmo as dele, pois familiares para comparações de ADN, não faltam nos Jerónimos.
Outro trabalho do mesmo género, e também de interesse para a História de Portugal, seria o de averiguar também se realmente D. Miguel I era mesmo filho de D. João VI ! ( Consulte-se a figura de D. João VI de A.H. de Oliveira Marques ?
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