Fui Bocage, o Rei das Broncas !

Nasci Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, em Setúbal no dia 15 de Setembro de 1765 e morri em Lisboa em 1805. Dizem que fui um dos maiores poetas portugueses e possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano.

Herdei o Barbosa por parte do pai e o Hedois du Bocage do avô materno.Apesar das numerosas biografias publicadas após a minha morte, boa parte da minha vida permanece um mistério. Fui um homem moderno, pois acreditei sempre mais no sexo do que no amor.

Por causa das minhas broncas e da minha vida boémia estive engavetado no Limoeiro, no cárcel da Inquisição, no Real Hospício das Necessidades e até no Convento dos Beniditinos. Foi aí que Frei José Veloso me conseguiu pôr a viver de forma mais decente e recatada.

Morri de aneurisma numa rua do Bairro Alto.Também é lá do alto, que me puz a olhar para este Portugal e para o Mundo de hoje, e resolvi escrever neste blog umas novas broncas.

Nos meus tempos fui perseguido pela Inquisição e pelo Pina Manique, depois veio o Salazar com os seus esbirros da Pide, agora os governos de turno tentam impedir as criticas com perseguições modernas, com as Finanças a perseguir pelo IRS, escutas telefónicas, perseguições nas carreira e etc., etc., mas como eu já estou morto...o pior é para aqueles que ainda estão vivos !

quarta-feira, 4 de julho de 2007

As multidões não assobiam nem aplaudem, marram !

UH! UH! UH! ABAIXO, ABAIXO A LIBERDADE

Um artigo bem escrito ( DN 9 de Julho ) por Ferreira Fernandes

«Estádio do Benfica, 7 de Julho de 2007, a multidão assobiou a Estátua da Liberdade. Não a assobiou por boas razões e havia uma: a estátua era a pior equipa no Campeonato das Maravilhas. Assobiou-se porque a multidão está agora para aí virada: o que vem da América é mau. A 6 de Junho de 1944 vieram dela uns barquitos com o mesmo nome da estátua, "Liberty Boats", desembarcaram na Normandia e salvaram-nos ( do Hitler ), mas a multidão já esqueceu.

O próprio da multidão é ter memória e vista curtas. Por exemplo, naquele dia, no estádio, a multidão não assobiou por não haver uma só maravilha ligada à sua história próxima - nem a Capela Sistina... A época é de pedir desculpas ao mundo. Mas porque perco eu tempo com os estados de alma da multidão?!

Estádio de Alvalade, 31 de Março de 1974, um Sporting-Benfica a três semanas do que sabemos ( 25 de Abril ). A multidão virou-se para a tribuna de honra e, de pé, ovacionou Marcelo Caetano.

As multidões não assobiam nem aplaudem, marram.»

Comentário - Quando era miúdo, durante a segunda guerra mundial, vivia com uma tia em Lisboa no Bairro de Santa Catarina. Dizia a tia, que uma vizinha alemã, afirmava toda altaneira, que depois da guerra e com a vitória do seu Hitler, ainda havia de ir ao Rossio "a cavalo numa portuguesa".

Felizmente que graças aos "Liberty Ships" e aos milhares de jovens americanos que morreram por nós, nunca o conseguiu !

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