A sua obra prima para a catedral de Lisboa foi destruída no terramoto de 1755, e a sua outra obra com o tema de São Vicente, o santo patrono de Lisboa e da casa real de Portugal, esteve desaparecida até 1882, quando foi descoberta no convento de São Vicente. Não foi senão em 1931, quando sua obra foi exposta em Paris, que Gonçalves recebeu o reconhecimento internacional que merecia.
A bronca está em que dizem, que foi Columbano Bordalo Pinheiro que em 1882, encontrou esses painéis nas obras da Igreja de São Vicente, e que estavam a ser usados como tábuas nos andaimes montados para esses trabalhos. Parece que por sorte, tinham as pinturas viradas para baixo !
Mas as broncas no respeito pela arte, dos "portugas", não fica por aqui !
Parece que D. Fernando II, Duque de Saxe-Coburgo-Gotha, um homem de grande cultura e marido de D. Maria II, prestou em 1836 um bom serviço ao património nacional, salvando dum inevitável vandalismo o convento da Batalha, que tinha sido vendido como pedreira, e D. Fernando teve de pagar do seu bolso ( dos bens que tinha na sua terra natal, a Alemanha) a sua recuperação para ao Estado. Conseguiu também que no orçamento das obras públicas se destinassem algumas verbas para a sua reparação e manutenção.
Vejam bem, o Mosteiro da Batalha, hoje Património Mundial, vendido para pedreira !
Dizem também que mesmo monarca consorte, conseguiu salvar a famosa custódia de Belém, que estava destinada a ser fundida ! E o melhor é parar por aqui, porque até dá vontade de chorar !
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