Fui Bocage, o Rei das Broncas !

Nasci Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, em Setúbal no dia 15 de Setembro de 1765 e morri em Lisboa em 1805. Dizem que fui um dos maiores poetas portugueses e possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano.

Herdei o Barbosa por parte do pai e o Hedois du Bocage do avô materno.Apesar das numerosas biografias publicadas após a minha morte, boa parte da minha vida permanece um mistério. Fui um homem moderno, pois acreditei sempre mais no sexo do que no amor.

Por causa das minhas broncas e da minha vida boémia estive engavetado no Limoeiro, no cárcel da Inquisição, no Real Hospício das Necessidades e até no Convento dos Beniditinos. Foi aí que Frei José Veloso me conseguiu pôr a viver de forma mais decente e recatada.

Morri de aneurisma numa rua do Bairro Alto.Também é lá do alto, que me puz a olhar para este Portugal e para o Mundo de hoje, e resolvi escrever neste blog umas novas broncas.

Nos meus tempos fui perseguido pela Inquisição e pelo Pina Manique, depois veio o Salazar com os seus esbirros da Pide, agora os governos de turno tentam impedir as criticas com perseguições modernas, com as Finanças a perseguir pelo IRS, escutas telefónicas, perseguições nas carreira e etc., etc., mas como eu já estou morto...o pior é para aqueles que ainda estão vivos !

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Putin foi ao Irão tentar evitar nova guerra !

A nova crise dos mísseis...mas agora no Irão !

A primeira crise, em Cuba nos anos 1962

O presidente Putin viajou ao Irão, para tentar resolver o problema da teimosia desse país em fabricar bombas atómicas. A Rússia argumentando as mais variadas razões, tem parada a construcção do reactor nuclear que vendeu ao Irão. A última visita dum dirigente russo ao Irão foi há 64 anos, quando Estaline o visitou.

Faz agora também 45 anos que estalou a crise dos mísseis nucleares que a Rússia instalou em Cuba , e que provocou em 1962 uma grave crise mundial, colocando o mundo a beira de uma guerra nuclear. A operação estratégica com nome de “Anadir” compreendia instalar em Cuba “em disposição combativa” mísseis balísticos de médio alcance R-12 e R-14 com cargas nucleares.

Nos finais de Outubro de 1962, a União Soviética e Estados Unidos chegaram a acordo de maneira recíproca retirar seus respectivos mísseis instalados em Cuba e Turquia , a serem considerados pela cada país como um risco para sua segurança.

A decisão foi tomada durante uma conversa telefónica entre o líder soviético Nikita Krutchev e americano John F. Kennedy, sem consulta prévia do governo soviético com o líder cubano Fidel Castro, que provocou um protesto de Habana e o congelamento nas relações entre Cuba e URSS. Para Havana, que sofria o bloqueio económico por parte dos EUA, a decisão russa foi um desaire.

Os dirigentes cubanos não gostaram, cantava-se em Cuba - Nikita, mariquita, lo que se da no se quita - parece até que quem mais se desgostou foi Che Guevara, que deixou de acreditar no socialismo soviético.

Os dirigentes cubanos parece que não entenderam que Cuba naquele jogo de xadrez entre russos e americanos, não passou de um simples peão a sacrificar, para que os americanos retirassem os seus mísseis nucleares das suas bases na Turquia.

Dizem, que no Kremlin até se riam, quando souberam que Fidel pensava que russos e americanos se iam matar uns aos outros por causa de Cuba !

A segunda crise, agora no Irão

Esta também muito complicada. Para juntar mais pimenta ao problema, a agência de informações russa Interfax, soltou a notícia que os serviços secretos russos tinham informação, e que a levaram muito a sério, que extremistas islâmicos tinham intenção de raptar ou matar o presidente russo. Os dirigentes do Irão já comunicaram que a notícia é falsa e sem fundamento. Será ? Desta vez é difícil que os iranianos digam que é uma manobra da CIA !

E que irá Putin dizer aos dirigentes do Irão ?

Golpe de Israel contra Irão aproxima-se?

Segundo o site que se indica abaixo: «A decisão israelita de atacar militarmente o Irão antes do final do ano, torna inevitável um golpe nuclear ou ao menos a ameaça credível deste golpe. Há uma dupla razão: militar e geo-estratégica. »

O artigo de quatro páginas, publicado no Pravda.ru, da autoria de Heinz Dieterich, traça a lógica militar, o cenário de ataque, o poderio da aviação israelita, a capacidade de ataque das forças combinadas dos EUA , de Israel e da NATO, as defesas do Irão, um ataque nuclear pela parte de Israel, as represálias de minagem do Estreito de Ormuz, com os problemas que isso teria para o fornecimento de petróleo ao ocidente, cujo preço poderia chegar aos 150 dólares barril, enfim uma panóplia de possibilidades de "sobe e desce" para os dois lados, mas que termina assim :

O dilema do Irão

«Perante tal situação, ao governo irani não lhe ficará outra via senão encontrar uma solução negociada. E tem que procurá-la rápido, antes que a armadilha se feche, tal como sucedeu a Saddam Hussein e aos talibãs. Se não entende os tempos que ficam e a proporção de força real, é muito provável que a "revolução islâmica" dos " ayatollahs" termine como a "revolução socialista" dos partidos Baaths do no Médio Oriente: em ruínas !»

Conclusão : Parece que o artigo do pravda.ru, de forma velada e diplomática e "fingindo" não querer intrometer-se, apenas pretende advertir o Irão, que se não desistes de tentar fabricar a bomba atómica, "levas e acabas" !

Como será a guerra com o Irão?

Segundo o artigo publicado no site abaixo descrito:«Os políticos tratam de adivinhar em que desembarcaria o actual agravamento da situação na zona petrolífera do Oriente Médio. Pela sua parte os espertos em temas de economia não têm dúvidas que o início de hostilidades provocará instantaneamente uma forte subida de preços de petróleo crudo. »

Neste artigo um analista do jornal russo Trud, analisa os prós e contras, praticamente chegando a conclusões parecidas ao artigo anterior. O que parece afinal, é que se o Irão não desiste dos seus programas nucleares de enriquecimento do urânio, vai haver problemas.

Como o Irão não fabrica as"centrifugadoras" e outros equipamentos necessários ao enriquecimento do urânio, seria mais lógico que os países que fabricam esses equipamentos - que são poucos - os deixassem de vender ao Irão e evitariam mais guerras !

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