Diz o DN de 19 de Out., num artigo de Filomena Alves:«O prémio Nobel da Medicina, James Watson, deveria fazer hoje uma conferência no Museu de Ciência de Londres. N
o entanto, as polémicas declarações que o co-descobridor da estrutura em dupla hélice do ADN fez no domingo ao Sunday Times, sobre a "inteligência inferior dos negros em relação à dos brancos", desencadearam um coro de protestos geral, incluindo de cientistas e organizações de direitos humanos.
o entanto, as polémicas declarações que o co-descobridor da estrutura em dupla hélice do ADN fez no domingo ao Sunday Times, sobre a "inteligência inferior dos negros em relação à dos brancos", desencadearam um coro de protestos geral, incluindo de cientistas e organizações de direitos humanos. E o museu acabou por cancelar ontem a palestra, por considerar que "as afirmações do prémio Nobel James Watson passaram além do aceitável". Watson, que é chanceler do laboratório norte-americano de Cold Spring Harbour, considerado um dos líderes mundiais na investigação em cancro e genética. Em 2000, chocou a audiência numa universidade da Califórnia, quando aludiu a uma relação entre a cor da pele e o impulso sexual. Noutra ocasião, defendeu a opção do aborto, no caso de o feto ser portador de um "gene da homossexualidade". »
Claro que se o homem tivesse dito que os pretos, os amarelos ou verdes, eram mais inteligentes que os brancos, ninguém protestaria, porque isso já não seria "racismo" e estaria "políticamente mais correcto" Também é certo que ninguém acreditaria, mas opinavam para "dentro" entre dentes e calavam-se !
O autor desta página, por exemplo, acha que há dezenas de milhares de negros bastante mais inteligentes que a maioria dos políticos brancos que actualmente nos governam !
Mas o que é a inteligência ?
Segundo alguns autores, a inteligência pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, abstrair idéias, compreender idéias e linguagens e aprender. Embora pessoas leigas geralmente percebam o conceito de inteligência sob um escopo muito maior, na Psicologia, o estudo da inteligência geralmente entende que este conceito não compreende a criatividade a parsonalidade, o carácter ou a sabedoria.
As inteligências
Outros autores, têm outra definição, a das "Inteligências Múltiplas" que é uma teoria desenvolvida a partir dos anos 80 por uma equipe de pesquisadores da universidade de Harvard, liderada pelo psicólogo Howard Gardner, que identificou sete tipos de inteligência. Esta teoria teve grande impacto na educação no início dos anos 90.
1- Lógico-matemática: Capacidade de analisar problemas, operações matemáticas e questões científicas. (matemáticos, engenheiros, cientistas)
2 - Linguística: Sensibilidade para a língua escrita e falada. (oradores, escritores, poetas.)
3 - Espacial: Capacidade de compreender o mundo visual de modo minucioso. (arquitetos, desenhistas, escultores)
4 -Musical: Habilidade para tocar, compor e apreciar padrões musicais. (Músicos, compositores, dançarinos)
5 -Físico-cinestésica: Potencial de usar o corpo para dança, esportes. (Mímicos, dançarinos, desportistas)
6 - Intrapessoal: Capacidade de se conhecer. (escritores, psicoterapeutas, conselheiros)
7 -Interpessoal: Habilidade de entender as intenções, motivações e desejos dos outros. (Políticos, religiosos, professores)
8 - Naturalista: Sensibilidade para compreender e organizar os padrões da natureza (paisagistas, arquitetos, mateiros)
Depois tudo é relativo, principalmente em relação ao tempo e ao desenvolvimento dos povos no momento em que se opina, vejamos por exemplo:
Luís de Camões escreveu nos seus Lusíadas no século XVI:
Lusíadas - Canto III - Estrofe 10
«Agora nestas partes se nomeia
A Lápia fria, a inculta Noruega
A Escandinávia Ilha, que se arreia
Das vitórias que Itália não lhe nega.
A Inculta Noruega, hoje dá vontade de rir, por chamar inculto ao país que tem o Índice de Desenvolvimento Humano mais alto do planeta, mas no tempo de Camões era assim !
Eça de Queiroz escreveu:
Últimas páginas - O testamento do Mecenas
Escreveu o Eça . «... o testamento do Comendador era mais discutido que a questão do Zaire, como se sentisse, enfim, que o que se prende com a nossa literatura, interessa mais a nossa nacionalidade do que a posse ou a perda dessas estúpidas terras negras, que só nos dão humilhações e febres...»
O Eça seria racista
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