Fui Bocage, o Rei das Broncas !

Nasci Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, em Setúbal no dia 15 de Setembro de 1765 e morri em Lisboa em 1805. Dizem que fui um dos maiores poetas portugueses e possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano.

Herdei o Barbosa por parte do pai e o Hedois du Bocage do avô materno.Apesar das numerosas biografias publicadas após a minha morte, boa parte da minha vida permanece um mistério. Fui um homem moderno, pois acreditei sempre mais no sexo do que no amor.

Por causa das minhas broncas e da minha vida boémia estive engavetado no Limoeiro, no cárcel da Inquisição, no Real Hospício das Necessidades e até no Convento dos Beniditinos. Foi aí que Frei José Veloso me conseguiu pôr a viver de forma mais decente e recatada.

Morri de aneurisma numa rua do Bairro Alto.Também é lá do alto, que me puz a olhar para este Portugal e para o Mundo de hoje, e resolvi escrever neste blog umas novas broncas.

Nos meus tempos fui perseguido pela Inquisição e pelo Pina Manique, depois veio o Salazar com os seus esbirros da Pide, agora os governos de turno tentam impedir as criticas com perseguições modernas, com as Finanças a perseguir pelo IRS, escutas telefónicas, perseguições nas carreira e etc., etc., mas como eu já estou morto...o pior é para aqueles que ainda estão vivos !

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

É preciso ter lata !

Jornalista de véu entrevista embaixador do Irão



Diz o artigo do DN : «Márcia Rodrigues veste--se em Lisboa como a polícia obriga em Teerão "Será que estou a ver bem, uma jornalista da RTP a entrevistar o embaixador do Irão em Lisboa, com véu, vestida até à nuca de escuro e com luvas pretas? Em Lisboa?"

Foi desta forma que Pacheco Pereira, comentador político, reagiu ao programa Avenida Europa, no seu blogue, o "Abrupto". Em causa está a entrevista realizada por Márcia Rodrigues, jornalista, que, para entrevistar Mohammad Taheri, embaixador do Irão, se "vestiu a rigor".

O programa, emitido semanalmente à sexta na RTP1, é "um programa informativo sobre as actividades e políticas da União Europeia", explica a estação pública. Contactada pelo DN, a RTP não quis fazer qualquer comentário.Para Pacheco Pereira, o facto de a jornalista utilizar um véu é uma falta de respeito a si própria. "Uma coisa é vestir-se de forma recatada dadas as sensibilidades, outra é vestir como uma iraniana em Lisboa. Se no tempo dos talibãs também houvesse uma embaixada do Afeganistão em Lisboa, iria a senhora jornalista de burka? O problema é que já não nos respeitamos a nós próprios", refere o ex-deputado.

Segundo fonte da embaixada do Irão em Lisboa, não foram dadas quaisquer indicações à jornalista sobre a forma como ela deveria vestir--se. A mesma fonte relembra que, "mesmo que alguma embaixada tivesse a pretensão de dizer a um cidadão português como ele deveria vestir-se dentro do seu próprio país, esse cidadão não era, de forma alguma, obrigado a obedecer às instruções dessa mesma embaixada".

Fica então por perceber o motivo que levou Márcia Rodrigues a optar por vestir um véu, roupa escura e luvas pretas para realizar esta entrevista. Não foi possível chegar à fala com a jornalista, já que esta se encontra incontactável, devido a estar de férias, afirma fonte da RTP.»

Comentário - Não há dúvida que a grande parte das mulheres portuguesas, parece que gostaria de ser tratada como fazem os afegãos. Eça de Queiroz, dizia nas suas páginas, que os árabes gostam de ver uma mulher toda tapada da cabeça aos pés, para poderem adivinhar o que está por debaixo...Isso dava-lhes mais prazer do que as verem todas "descascadas" !

Teria sido esse o motivo ? Seria a gozar com o embaixador ? Seria masoquismo ? Só a D. Márcia é que saberá responder.

Já agora, na próxima vez que vá à praia, não se esqueça de levar o fatinho e as luvinhas !

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