Fui Bocage, o Rei das Broncas !

Nasci Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, em Setúbal no dia 15 de Setembro de 1765 e morri em Lisboa em 1805. Dizem que fui um dos maiores poetas portugueses e possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano.

Herdei o Barbosa por parte do pai e o Hedois du Bocage do avô materno.Apesar das numerosas biografias publicadas após a minha morte, boa parte da minha vida permanece um mistério. Fui um homem moderno, pois acreditei sempre mais no sexo do que no amor.

Por causa das minhas broncas e da minha vida boémia estive engavetado no Limoeiro, no cárcel da Inquisição, no Real Hospício das Necessidades e até no Convento dos Beniditinos. Foi aí que Frei José Veloso me conseguiu pôr a viver de forma mais decente e recatada.

Morri de aneurisma numa rua do Bairro Alto.Também é lá do alto, que me puz a olhar para este Portugal e para o Mundo de hoje, e resolvi escrever neste blog umas novas broncas.

Nos meus tempos fui perseguido pela Inquisição e pelo Pina Manique, depois veio o Salazar com os seus esbirros da Pide, agora os governos de turno tentam impedir as criticas com perseguições modernas, com as Finanças a perseguir pelo IRS, escutas telefónicas, perseguições nas carreira e etc., etc., mas como eu já estou morto...o pior é para aqueles que ainda estão vivos !

sábado, 25 de agosto de 2007

A aritmética e o rendimento "per capita" português.

Salários mais altos triplicam os menores

Diz o DN de (26/7) . «Os 10% de trabalhadores por conta de outrem mais bem pagos em Portugal têm salários líquidos que triplicam os dos 10% mais mal pagos. O diferencial não é novo e tem-se mantido estável desde, pelo menos, 1998, o que sugere que a desigualdade salarial no mundo do trabalho não se agravou nos últimos oito anos.

Norte paga pior - É na Região Norte de Portugal continental onde os salários mais baixos têm um peso maior e a tendência é decrescente à medida que se vai para o Sul. Segundo os dados do INE, 4,9% das pessoas que trabalham para terceiros ganham menos do 310 euros. Esta percentagem desce para 4,1% no centro, 3,1% em Lisboa, 3% no Alentejo e 2,4% no Algarve. Em todas as regiões, exceptuando Lisboa e Vale do Tejo, é no escalão entre os 310 e 600 euros que se encontra a maioria dos trabalhadores por conta de outrem. No Norte, são mais de metade (53%), o dobro da percentagem em Lisboa (25).

No Centro, Alentejo e Algarve, este escalão remuneratório abrange 44,5%, 46,2% e 38,5%. É por haver tanta gente nos escalões remuneratórios inferiores que o vencimento líquido mediano se afasta tanto do médio. O valor médio é de 712 euros, mas o mediano, que leva em conta a distribuição das pessoas pelos vários escalões, é de apenas 560 euros. Ou seja, metade dos portugueses ganha até 560 euros. »

Comentário - Diz a EU :. « O PIB e o PIB per capita são indicadores da produção e da despesa de um país e permitem portanto avaliar e comparar o respectivo nível de desenvolvimento económico. O PIB não equivale ao rendimento de que efectivamente dispõem os agregados de um determinado país.»

Estatísticas do PIB - A Wikipédia diz que o PIB per capita português é de 23.464 USD ( Aprox. 18.050 euros). O Factbook da CIA de 2007, diz que o nosso PIB per capita é de 19.800 USD ( aproximadamente 15.230 euros ).

Se o valor médio dos ordenados é de 712, para 14 meses o PIB per capita seria de 9.968 euros, e para 560 seria de 7.848 euros, que talvez seja o valor que mais que se aproxime mais da realidade. No entanto, se andarmos pelo país real, sentimos que esse PIB é ainda bastante mais baixo que os 7.848 euros!

Realmente em 1974 o PIB per capita era de cerca de 700 USD (19.600 escudos), mas se compararmos com os preços dos produtos básicos, naquela altura e agora, vemos que o nível de vida pouco melhorou, e a aparente euforia económica, é apenas devida às facilidades de crédito, que geraram um tremendo endividamento das famílias !

Sem comentários:

Enviar um comentário