PS quer a GNR como o quarto ramo das Forças Armadas - A Guarda Pretoriana do Governo PS
Cavaco contra general
Artigo do CM - «O Presidente da República recorreu ontem, pela terceira vez este mês, ao veto político para travar a Lei Orgânica da GNR, por considerar que o diploma “poderá afectar negativamente a estabilidade e a coesão da instituição militar l»
A Guarda Pretoriana do futuro "PRI" português - A oposição uniu-se ontem em bloco para acusar o Governo de pretender transformar a GNR no quarto ramo das Forças Armadas. No Exército também se ouvem críticas no mesmo sentido, apurou o DN, que começam a provocar algum mal-estar.
O projecto prevê, nomeadamente, que o seu comando passe a estar a cargo de um general de quatro estrelas, como acontece no comando dos três ramos das forças armadas, e, por outro lado, passe a poder intervir em operações internacionais de paz e humanitárias, tal como as forças armadas.
A diferença é que os três ramos têm como comandante supremo o Presidente da República, enquanto que a GNR depende apenas do Governo.
Na realidade a GNR foi formada em 1913 como uma força paramilitar fortemente armada, para servir como "guarda pretoriana" contra as revoltas militares, e defender os governos republicanos das tentativas de revolta de inspiração monárquica que apareceram nas primeiras décadas da Iª República dentro de todos os ramos das forças armadas.
As quedas de vários governos desde 1910, e as fugas dos membros desses mesmos governos para o quartel do Carmo foram inúmeras e estão bem pormenorizadas na História de Portugal, de Veríssimo Serão.
A última, foi a fuga para o quartel do Carmo em 1974 do governo de Marcelo Caetano, que perante as ameaças de bombardeamento das instalações pelos blindados das tropas revoltosas comandadas por Salgueiro Maia, no caso de não haver rendição incondicional, mostram claramente esse aspecto de "guarda pretoriana" da GNR, pelo menos até 1974.
Ainda que a sua missão essencial foi a de manter a ordem no território nacional, as actividades da GNR foram depois estendidas a ajudar a polícia urbana no controlo de manifestações políticas e problemas de greves laborais.
Em 1990 a GNR tinha cerca de 19,000 efectivos entre oficiais e praças. Está equipada com carros de Comando blindados e 12 helicópteros Alouette II transferidos do exército alemão.
A guarda está organizada em batalhões estacionados nas maiores cidades e companhias e secções nas capitais de distrito e pequenas comunidades. O controlo de estradas e auto-estradas é efectuado por uma Brigada de Trânsito separada e pelas unidades rurais da GNR.
Oficiais de reserva e de carreira de todos os ramos das forças armadas podem servir na GNR numa base de voluntariado. Reservistas com graduações universitárias podem pedir para servir na GNR depois de cumpridas as suas obrigações militares.
O actual ministro da Defesa Nacional diz que as Forças Armadas, vão servir só para actuar em teatros de guerra no estrangeiro. A defesa do território nacional ficará a cargo da "guarda pretoriana" ( GNR ). Não sei se o comandante, o tal general de quatro estrelas que só dependerá do governo, também se chamará Tigelino, como nos tempos do "famigerado" Nero !
Assim na próxima tentativa de rebelião - porque a História não chegou ao fim - as tropas estarão em qualquer teatro de guerra no exterior, e se o governo fugir para o Carmo , a "Praetoria Castrates" dos tempos modernos, já não terá blindados a apontar-lhe os canhões !
É certo que se o PS volta a mandar a famigerada lei novamente para aprovação do PR, este terá que a aprovar, mas poderá fazer o mesmo que fez o anterior PR, mandar o primeiro ministro para Alijó e convocar novas eleições, invocando a tremenda instabilidade política que o governo estaria causando nas forças armadas e portanto no País, com essas tendenciosas leis.
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