Fui Bocage, o Rei das Broncas !

Nasci Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, em Setúbal no dia 15 de Setembro de 1765 e morri em Lisboa em 1805. Dizem que fui um dos maiores poetas portugueses e possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano.

Herdei o Barbosa por parte do pai e o Hedois du Bocage do avô materno.Apesar das numerosas biografias publicadas após a minha morte, boa parte da minha vida permanece um mistério. Fui um homem moderno, pois acreditei sempre mais no sexo do que no amor.

Por causa das minhas broncas e da minha vida boémia estive engavetado no Limoeiro, no cárcel da Inquisição, no Real Hospício das Necessidades e até no Convento dos Beniditinos. Foi aí que Frei José Veloso me conseguiu pôr a viver de forma mais decente e recatada.

Morri de aneurisma numa rua do Bairro Alto.Também é lá do alto, que me puz a olhar para este Portugal e para o Mundo de hoje, e resolvi escrever neste blog umas novas broncas.

Nos meus tempos fui perseguido pela Inquisição e pelo Pina Manique, depois veio o Salazar com os seus esbirros da Pide, agora os governos de turno tentam impedir as criticas com perseguições modernas, com as Finanças a perseguir pelo IRS, escutas telefónicas, perseguições nas carreira e etc., etc., mas como eu já estou morto...o pior é para aqueles que ainda estão vivos !

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Manuel Alegre critica os "Sucia...listas" !

O Socialista Manuel Alegre critica os..."Sucia...listas" !

Diz o artigo do Público : «Manuel Alegre criticou esta quarta-feira o Governo de José Sócrates num artigo de opinião no jornal ‘Público’ onde escreve “contra o medo”, referindo-se a “alguns casos ultimamente vindos a público” que têm em comum “a delação e a confusão entre a lealdade e subserviência”.

O deputado socialista questiona “a sensação de que nem sempre convém dizer o que se pensa” e diz que “há um clima propício a comportamentos com raízes profundas na nossa história, desde os esbirros do Santo Ofício até aos bufos da PIDE”.

“O PS não pode auto-amordaçar-se”, escreve Manuel Alegre, sublinhando que apesar de serem “casos pontuais”, são “inquietantes” e “ameaçam repetir-se”.

O poeta critica também algumas políticas do Executivo socialista, como a “progressiva destruição do Serviço Nacional de Saúde”, o “encerramento de serviços que agrava a desertificação do interior e a qualidade de vida das pessoas”, o Estatuto dos Jornalistas que representa “um risco para a liberdade de imprensa”, o "precedente grave” do cruzamento de dados na função pública ou a “tendência privatizadora” em sectores como a electricidade, a água e o Ensino Superior.“

Não tenho qualquer questão pessoal com José Sócrates, de quem muitas vezes discordo, mas em quem aprecio o gosto pela intervenção política”, escreve o deputado, acrescentando, “o que ponho em causa é a redução da política à sua pessoa”, lamentando a falta de “alternativa à sua liderança”, dentro do próprio partido, mas também no PSD.

A opinião de Manuel Alegre é publicada um dia depois da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, ter arquivado o processo contra o professor Charrua, instaurado devido a um comentário jocoso sobre a licenciatura do Primeiro-ministro.

Já no mês passado, o deputado tinha considerado “desproporcionada” e “intolerante” a decisão do ministro da Saúde, Correia de Campos, de exonerar uma directora de centros de saúde que se recusou a retirar um cartaz com críticas ao governante.»

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