Fui Bocage, o Rei das Broncas !

Nasci Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, em Setúbal no dia 15 de Setembro de 1765 e morri em Lisboa em 1805. Dizem que fui um dos maiores poetas portugueses e possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano.

Herdei o Barbosa por parte do pai e o Hedois du Bocage do avô materno.Apesar das numerosas biografias publicadas após a minha morte, boa parte da minha vida permanece um mistério. Fui um homem moderno, pois acreditei sempre mais no sexo do que no amor.

Por causa das minhas broncas e da minha vida boémia estive engavetado no Limoeiro, no cárcel da Inquisição, no Real Hospício das Necessidades e até no Convento dos Beniditinos. Foi aí que Frei José Veloso me conseguiu pôr a viver de forma mais decente e recatada.

Morri de aneurisma numa rua do Bairro Alto.Também é lá do alto, que me puz a olhar para este Portugal e para o Mundo de hoje, e resolvi escrever neste blog umas novas broncas.

Nos meus tempos fui perseguido pela Inquisição e pelo Pina Manique, depois veio o Salazar com os seus esbirros da Pide, agora os governos de turno tentam impedir as criticas com perseguições modernas, com as Finanças a perseguir pelo IRS, escutas telefónicas, perseguições nas carreira e etc., etc., mas como eu já estou morto...o pior é para aqueles que ainda estão vivos !

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Che Guevara - O outro lado do mito

O carrasco por detrás do herói, ícone e até "santo" !


Ernesto Guevara Lynch de la Serna, mais conhecido por Che Guevara ou El Che, nasceu em 14 de Junho de 1928, em Rosário Argentina e morreu executado em 9 de Outubro de 1967, em La Higuera Bolívia.


Em 1967, o autor deste blog vivia no Peru, trabalhando como Eng.º de transmissão num canal de TV, pertencente a uma empresa espanhola. Diziam os "cholitos" peruanos funcionários dessa empresa, que não gostavam dos argentinos, devido a sua arrogância por pensarem que eram os únicos "brancos" da América Latina, que eles "Eram fruto da pior mistura que havia no Mundo - espanhóis com italianos - e que o melhor negócio que havia na Terra, era comprar um argentino por aquilo que ele valia, e vendê-lo por aquilo que ele dizia valer !"

Ernesto Guevara era de origem Basca e Irlandesa, mas pessoalmente creio que esta definição é a que melhor se pode aplicar a Che Guevara ! Morreu estupidamente por uma revolução que não era a sua !

Diz o artigo do DN. «"Disparei uma bala de calibre 32 contra o hemisfério direito do seu cérebro que saiu pela têmpora esquerda. Ele gemeu por uns momentos e depois morreu." Esta é a fria descrição feita por Ernesto Guevara do momento em que executou Eutimio Guerra, um camponês que servia de guia aos "barbudos" na Sierra Maestra e que se revelou um traidor. É o outro lado do revolucionário que ficou esquecido atrás da imagem de herói de Che, que começou a nascer no dia da sua morte, há 40 anos, em La Higuera, na Bolívia.

"The Hidden Face of Che" (A Face Escondida de Che), escrita pelo exilado cubano Jacobo Machover, é a mais recente biografia do médico cubano-argentino que se juntou a Fidel Castro no México, chegou a Cuba no iate Granma e após três anos de guerrilha nas montanhas cubanas, entrou vencedor em Havana.

No livro, destaca-se o papel de Che e o seu envolvimento na execução dos "traidores" e dos "contra-revolucionários", nomeadamente na prisão de La Cabaña onde em seis meses, diz o autor, foram executados 180 prisioneiros após julgamentos sumários. "Ele subia a um muro e deitava-se de costas a fumar um charuto enquanto assistia às execuções", escreve Machover, citando um dos antigos camaradas de Che, Daniel Alarcón Ramirez. "Atacar uma figura quase lendária não é uma tarefa fácil", disse o autor ao The Sunday Times.
"Ele tem tantos defensores. Eles forjaram o culto de um herói intocável", acrescenta, apontando, antes de mais, o dedo aos "intelectuais" franceses que visitaram Havana nos primeiros anos do regime. Mas os seus carrascos acabaram também por ser aqueles que potenciaram o mito. Depois de capturado a 8 de Outubro de 1967 na quebrada do Churo, após 11 meses de guerrilha na Bolívia, Che Guevara foi executado um dia depois.

Além da célebre fotografia de Alberto Korda, tirada em 1960, as imagens do seu cadáver do boliviano Freddy Alborta, a lembrar as de um Cristo barroco, também serviram para o imortalizar. Depois de o exporem à curiosidade mundial, os seus executores cortaram-lhe as mãos - para dificultar a identificação - e enterraram-no em segredo.

O corpo só seria descoberto três décadas depois. Tendo sido morto aos 39 anos, Che também escapou à decadência física, que agora vemos em Fidel Castro (dois anos mais velho), e à decadência política daquilo em que acreditava e que culminaria na queda do muro de Berlim e da União Soviética. Na realidade, a vida do Che esteve marcada pelas derrotas.

"Como médico, nunca exerceu a profissão. Como ministro e embaixador, não conseguiu o que queria. Como guerrilheiro, foi eficiente apenas a matar por causas sem futuro", disse à revista brasileira Veja o historiador cubano Jaime Suchlicki.

Santo Che?

Após a morte de Che instalou-se na Bolívia "uma espécie de culto, de um novo santo que não figura no calendário da Igreja - Santo Ernesto de La Higuera", escreveu Pierre Kalfon na biografia Che - Ernesto Guevara, uma lenda do século. "Reza a tradição que aqueles que morreram de morte trágica têm o poder de realizar os desejos e fazer milagres", acrescenta. Este culto ainda se mantém vivo. "Para eles, ele é como outro santo qualquer", disse o padre Agustin, da paróquia de Valleverde ao The Observer: "Não posso fazer nada."

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