Fui Bocage, o Rei das Broncas !

Nasci Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, em Setúbal no dia 15 de Setembro de 1765 e morri em Lisboa em 1805. Dizem que fui um dos maiores poetas portugueses e possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano.

Herdei o Barbosa por parte do pai e o Hedois du Bocage do avô materno.Apesar das numerosas biografias publicadas após a minha morte, boa parte da minha vida permanece um mistério. Fui um homem moderno, pois acreditei sempre mais no sexo do que no amor.

Por causa das minhas broncas e da minha vida boémia estive engavetado no Limoeiro, no cárcel da Inquisição, no Real Hospício das Necessidades e até no Convento dos Beniditinos. Foi aí que Frei José Veloso me conseguiu pôr a viver de forma mais decente e recatada.

Morri de aneurisma numa rua do Bairro Alto.Também é lá do alto, que me puz a olhar para este Portugal e para o Mundo de hoje, e resolvi escrever neste blog umas novas broncas.

Nos meus tempos fui perseguido pela Inquisição e pelo Pina Manique, depois veio o Salazar com os seus esbirros da Pide, agora os governos de turno tentam impedir as criticas com perseguições modernas, com as Finanças a perseguir pelo IRS, escutas telefónicas, perseguições nas carreira e etc., etc., mas como eu já estou morto...o pior é para aqueles que ainda estão vivos !

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Todos somos judeus...é "como quem diz" !

Judeus "chocados" com a violação do seu cemitério

Expresso de 26 de Setembro : «A comunidade judaica está "chocada" com o que aconteceu esta madrugada no cemitério judeu de Lisboa, junto ao Alto de S.João. Dois skinheads foram detidos pela PSP quando vandalizavam várias campas. Foram destruídas 17 sepulturas, algumas foram pintadas com a suástica nazi e noutras foram mesmo arrancadas as placas de identificação.

Numa declaração exclusiva para o Expresso, o presidente da Comunidade Israelita de Lisboa (CIL), José Oulman Carp, disse que "a comunidade judaica está chocada com o que aconteceu e com o facto de situações destas terem chegado a Portugal".

Segundo fonte policial, um dos detidos, Carlos S., é arguido no processo dos skinheads, que recentemente levou à prisão um dos líderes do movimento, Mário Machado. Carlos S. é acusado de discriminação racial e ofensas à integridade física. O segundo skinhead detido, João D. foi também investigado no âmbito deste mesmo processo, mas não lhe foi deduzida acusação.»

Os judeus estão certos na sua indignação , profanar um cemitério só demonstra selvajaria, e não há nenhum tipo de motivo, a não a ser a "barbárie" que justifique um acto desses !

Mas será que em Portugal só se profanam cemitérios judaicos ?

Mais de 200 campas danificadas em Âncora

A população de Âncora, no concelho de Caminha, foi surpreendida no passado domingo com um cenário de destruição “inacreditável”. O cemitério foi completamente vandalizado por um grupo de jovens que deixou ainda marcas de violência num automóvel, numa rectroescavadora e numa loja de móveis.

Segundo as ‘contas’ da Junta de Freguesia, 204 das 220 sepulturas do cemitério ancorense foram profanadas, o que provocou um estado de grande revolta entre os populares, que se mobilizaram no sentido de apurar eventuais responsáveis pelos actos de vandalismo.“Isto é inacreditável, não dá para compreender como é possível fazer um atentado terrorista desta envergadura.

"Limitaram-se a destruir tudo, apenas com o objectivo de fazer mal”, reclamou Vítor Alves, apontando para crucifixos partidos, tampos e cabeceiras rebentados, fotografias e elementos decorativos esfarrapados. Os jazigos ficaram também sem janelas e portas.O pároco de Âncora, Fernando Loureiro, condenou veementemente um acto que classificou “do mais puro e vil terrorismo”, frisando que nunca - em 57 anos de vida e 31 como sacerdote – “tinha visto ou ouvido falar numa coisa assim”.

Ao longo do dia, os titulares das campas foram avaliando a dimensão dos estragos, reconhecendo que “vão ser precisas algumas centenas de euros” – como vaticinou Agostinho Gonçalves, perante a sepultura dos pais, que até nem foi das mais danificadas.De resto, entre a população houve já quem lançasse suspeitas sobre eventuais interesses comerciais na origem do vandalismo, “porque agora vai ser preciso arranjar as sepulturas”. Mas a grande maioria aponta baterias a grupos de marginais.“Isto só pode ser coisa de drogados. Temos por cá muitos. Podem nem ser da freguesia, mas de longe não são de certeza. Por isso, mais tarde ou mais cedo, algum deles vai bater com a língua nos dentes e, depois, vamos ver”, ameaçou Artur Santos.

Mais cemitérios profanados ( Segundo o DM)

19 DE MARÇO 2003 - CEPOS, ARGANIL Cerca de centena e meia de campas do cemitério foram vandalizadas pela madrugada. Práticas de bruxaria poderão ter estado na origem da destruição.

27 DE MARÇO - ARRIFANA, SANTA MARIA DA FEIRA
Pela terceira vez em sete meses, o cemitério foi vandalizado, deixando para trás achados macabros como maçãs cozidas em linha vermelha.

5 DE ABRIL - TOCHA, CANTANHEDE O cemitério local foi vandalizado por indivíduos que destruíram cruzes, jarras, lamparinas e arranjos florais. Foram ainda deixadas mensagens escritas em campas.

4 DE MAIO - DARQUE, VIANA DO CASTELO A campa do falecido padre da freguesia foi encontrada ladeada por dois crânios de animais (com répteis enrolados), sírios e inscrições a sangue do número 666 e a estrela de David.

7 DE OUTUBRO - ALQUERUBIM, ALBERGARIA A bruxaria andou à solta no cemitério local durante a madrugada. Uma toalha estendida com mesa para três, velas a arder, bebidas, charutos, moedas e um leitão vivo a passear foram encontrados como restos de um banquete.

26 DE OUTUBRO - MOITA Três jovens de uma escola apostaram entre si e um deles teve de ir furtar uma caveira ao cemitério local, pendurando-a depois numa árvore com um cigarro preso nos maxilares.

Conclusão - Parece que a única diferença, é que nestes casos não houve mostras de indignação pela parte das autoridades de um país que é maioritariamente católico !

Por outro lado, e até por razões de cultura geral, recomenda-se a todos, a leitura das Cartas de Inglaterra - O Israelismo -, escrito pelo nosso grande escritor Eça de Queiroz, nos finais do século XIX, onde ele retrata com a sua habitual mestria, os problemas que existiam na Alemanha entre judeus e alemães já nesses tempos, e recomenda soluções que se tivessem sido seguidas por uns e outros, talvez tivessem evitado o aparecimento do nazismo e do Holocausto !

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