Fui Bocage, o Rei das Broncas !

Nasci Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, em Setúbal no dia 15 de Setembro de 1765 e morri em Lisboa em 1805. Dizem que fui um dos maiores poetas portugueses e possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano.

Herdei o Barbosa por parte do pai e o Hedois du Bocage do avô materno.Apesar das numerosas biografias publicadas após a minha morte, boa parte da minha vida permanece um mistério. Fui um homem moderno, pois acreditei sempre mais no sexo do que no amor.

Por causa das minhas broncas e da minha vida boémia estive engavetado no Limoeiro, no cárcel da Inquisição, no Real Hospício das Necessidades e até no Convento dos Beniditinos. Foi aí que Frei José Veloso me conseguiu pôr a viver de forma mais decente e recatada.

Morri de aneurisma numa rua do Bairro Alto.Também é lá do alto, que me puz a olhar para este Portugal e para o Mundo de hoje, e resolvi escrever neste blog umas novas broncas.

Nos meus tempos fui perseguido pela Inquisição e pelo Pina Manique, depois veio o Salazar com os seus esbirros da Pide, agora os governos de turno tentam impedir as criticas com perseguições modernas, com as Finanças a perseguir pelo IRS, escutas telefónicas, perseguições nas carreira e etc., etc., mas como eu já estou morto...o pior é para aqueles que ainda estão vivos !

domingo, 9 de dezembro de 2007

Darfur! O crime que compensa!

O Genocídio do Darfur !

Artigo do Público, por Manuel Carvalho: «O Sudão é hoje o maior país da África (2,5 milhões Km quadrados), e está em guerra civil há 46 anos. O conflito entre o governo muçulmano e guerrilheiros não-muçulmanos, baseados no sul do território, revela as realidades culturais opostas da Nação. A guerra e prolongados períodos de seca já deixaram mais de 2 milhões de mortos.A introdução da haria, a lei islâmica, causou a fuga de mais de 350 mil sudaneses para países vizinhos.

Entre outras medidas, a lei determina a proibição de bebidas alcoólicas e punições por enforcamento ou mutilação.Actualmente está acontecendo no país um massacre de imensas proporções. "Finalmente, o genocídio no oeste do Sudão está quase terminado.

Há um problema, porém: o genocídio está chegando ao fim apenas porque não restam negros para matar ou submeter à limpeza étnica. No esforço para "limpar" o oeste do país de "zurgas" -termo que pode ser traduzido como "crioulos"-, o governo da Frente Islâmica Nacional já exterminou mais de 400 mil pessoas e expulsou outros 2 milhões das suas casas .

As milícias racistas governamentais, conhecidas como Janjaweed, adorariam continuar a matar e devastar, no entanto, os povoados negros já foram todos queimados, e todas as mulheres negras já foram estupradas .O primeiro genocídio do século 21 transcorreu sem transtornos, e os genocidas venceram.

O Sudão é uma república autoritária onde todo o poder está nas mãos do presidente Omar Hasan Ahmad al-Bashir; ele e o seu partido estão no poder desde o golpe militar de 30 de Junho de 1989. Desde 2003 que a região de Darfur assiste ao extermínio da população negra, por parte da árabe; este é conhecido como o Conflito do Darfur.». Termina o artigo.

No entanto há artigos na Net, aparentemente "muito sérios", que tentam convencer os incrédulos, que não existe genocídio no Darfur, que são apenas problemas causados por fenómenos ecológicos, causados por secas e outras consequências do aquecimento global!

O Assassino Chefe !

Omar Hasan Ahmad al-Bashir é o presidente do Sudão. Nascido na pequena vila de Hosh Bonnaga, al-Bashir entrou no exército sudanês muito novo e estudou numa academia militar do Cairo Serviu no exército egipcio durante a guerra com Israel de 1973. Voltando ao Sudão, al-Bashir esteve ao comando das operações militares contra o Exército Popular de Libertação do Sudão na metade sul do país.

Esteve à frente do golpe militar de 1989 contra o presidente Sadeq al-Mahdii. Al-Bashir suprimiu todos os partidos políticos, censurou a imprensa e dissolveu o Parlamento, convertendo-se em Director do Conselho Revolucionário para a Salvação Nacional, assumindo o posto de chefe-de-estado, primeiro-ministro, chefe das forças armadas e ministro da defesa.

As recentes políticas financeiras e investimento em novas infrastruturas não evitam que o Sudão continue a ter graves problemas económicos. Desde 1997 que o Sudão tem vindo a implementar medidas macroeconómicas aconselhadas pelo FMI. Começaram a exportar petróleo em 1999; a produção crescente desde produto (actualmente 520.000 barris por dia) deu uma nova vida à indústria sudanesa, e fez com que o PIB subisse 6.1% em 2003.

O Sudão tem um solo muito rico: petróleo,gás natural, ouro, prata, crómio, asbesto, manganésio, gipsita, mica, zinco, ferro, chumbo, urânio, cobre, granito, níquel e alumínio.

É devido à cobiça por estas riquezas do Sudão, que as nações industrializadas, fecham os olhos a este genocídio, e não se importam de sentar à mesa em jantares festivos com el-Bashir!

A EU de braço-dado com assassinos!

Como se pode ver pela alegria manifestada pelo do nosso primeiro ministro, na sua conversa com el-Bashir, não é difícil de ver que José Sócrates, ou não acredita no genocídio do Darfur, que não passa de uma "invenção americana" ou está-se nas tintas para os antigos "núbios" do Sudão!

Dizem que em conversa privada com el-Bashir, Sócrates lhe chamou a atenção para essas violações dos direitos humanos, o que não se sabe é se o PR sudanês lhe ligou alguma importância!

Como desculpa à atitude de Sócrates, temos que reconhecer que nenhum outro dirigente europeu se sentiu envergonhado por jantar no Palácio da Ajuda, ao lado de el-Bashir.

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