Fui Bocage, o Rei das Broncas !

Nasci Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, em Setúbal no dia 15 de Setembro de 1765 e morri em Lisboa em 1805. Dizem que fui um dos maiores poetas portugueses e possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano.

Herdei o Barbosa por parte do pai e o Hedois du Bocage do avô materno.Apesar das numerosas biografias publicadas após a minha morte, boa parte da minha vida permanece um mistério. Fui um homem moderno, pois acreditei sempre mais no sexo do que no amor.

Por causa das minhas broncas e da minha vida boémia estive engavetado no Limoeiro, no cárcel da Inquisição, no Real Hospício das Necessidades e até no Convento dos Beniditinos. Foi aí que Frei José Veloso me conseguiu pôr a viver de forma mais decente e recatada.

Morri de aneurisma numa rua do Bairro Alto.Também é lá do alto, que me puz a olhar para este Portugal e para o Mundo de hoje, e resolvi escrever neste blog umas novas broncas.

Nos meus tempos fui perseguido pela Inquisição e pelo Pina Manique, depois veio o Salazar com os seus esbirros da Pide, agora os governos de turno tentam impedir as criticas com perseguições modernas, com as Finanças a perseguir pelo IRS, escutas telefónicas, perseguições nas carreira e etc., etc., mas como eu já estou morto...o pior é para aqueles que ainda estão vivos !

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Matar por ciumeira ! Como se poderá evitar.

Matou por ciúme à frente do filho

Diz o JN: «Um homem matou a ex-mulher e feriu o seu actual companheiro com tiros de caçadeira em Águas de Moura, Setúbal. Ciúmes poderão estar na origem do crime, que ocorreu à frente do filho de ambos. O agressor também ficou ferido. "Não és minha, não serás de mais ninguém".

As palavras ameaçadoras foram escritas num papel e deixadas à porta de casa de Ana Simões na última sexta-feira. O seu ex-marido, de 54 anos, não se conformou com a separação, há cerca de um mês, e muito menos com o novo relacionamento de Ana, com um homem mais novo. Ameaçou por carta, por telefone e chegou mesmo a avisar os filhos que iria cometer uma loucura. Ana terá dito aos familiares que não tinha medo.

Anteontem à noite, quando Ana e o actual companheiro, Joaquim Calhau, chegavam a casa, depois de terem ido beber um café, foram surpreendidos pelo ex-marido de Ana. Disparou a caçadeira contra a ex-mulher que caiu no chão e sucumbiu pouco depois. Joaquim ainda tentou tirar a arma das mãos do agressor, mas acabou por também ele levar um tiro, no abdómen. Mesmo ferido conseguiu tirar a arma das mãos do ex-marido de Ana e infligir-lhe um golpe na cabeça.»

Comentário - Casos como estes são quase vulgaridade no dia a dia português. Ainda há dias um polícia matou a mulher a tiro, e uma polícia matou o marido também a tiro. Alcunharam-se os casos de VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, fizeram-se novas leis para os evitar e punir, e não se conseguem resultados, porque parece que ninguém consultou a Enciclopédia Britânica, onde se pode ler :

- O ADULTÉRIO È QUASE TÃO COMUM COMO O MATRIMONIO -

Donde se pode concluir que a maioria dos maridos engana as mulheres e que a maioria das mulheres enganam os maridos. E é aqui que está o "leitmotiv" do problema. Em tempos passados, D. Pedro I mandava castrar os seus escudeiros que se metiam na cama com mulheres casadas, dizendo que isso não era amor era - foçar como porcos -, o Marquês de Pombal fez uma lei para acabar com o costume lusitano de "fazer cornos" que só geravam violências e mortes

Modernamente até se alterou a Lei do Divórcio, para acabar com os divórcios litigiosos, e terminar com o argumento de culpa nesses mesmos divórcios. Resumindo, se o marido chega a casa e encontra a mulher na cama com outro isso não constitui culpa para provocar o divórcio. Se a mulher chega a casa e encontra o marido na cama com a vizinha, também não é argumento de culpa para a dissolução do matrimónio.

Resumindo, o contrato de matrimónio, civil ou religioso, onde os nubentes PROMETEM FIDELIDADE UM AO OUTRO, além de outras promessas que muitas vezes também não são cumpridas, tem que ser alterado ou extinto ! Acabe-se com o Matrimónio !

Claro que o ideal seria que os membros do casal respeitassem as suas promessas de fidelidade no casamento, e que quando achassem que as queriam romper, se separassem primeiro. Assim poder-se-ia evitar muitos problemas.

Ou então passarem a viver como no Admirável Mundo Novo do Aldous Huxley, onde todos serão de todas e vice-versa, e os filhos que apareçam serão filhos do Estado, escolhidos em laboratório para serem alfas, betas, gamas ou deltas, e as relações com um só parceiro passarão a ser um CRIME. Nesta visão futurista, Huxley só não preveu os casamentos de homossexuais, mas para esse caso podia adaptar-se a mesma filosofia.

Comentário do Bocage - É pena que esse Mundo não tenha existido nos meus tempos, teria evitado muitos problemas e passado menos tempo na prisão.

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